A velhice pode ser “curada”? Pesquisadores e biotecnólogos buscam a cura

"No início, algumas pessoas riram." Quando iniciou sua primeira pesquisa sobre rejuvenescimento celular, há quase vinte anos, Jean-Marc Lemaître, diretor de pesquisa do Inserm e codiretor do Instituto de Medicina Regenerativa e Bioterapias de Montpellier, surpreendeu alguns de seus colegas. O pesquisador, que anteriormente trabalhava com desenvolvimento embrionário, havia acabado de obter financiamento em 2006 para iniciar seu novo projeto sobre plasticidade genômica e envelhecimento.
Na época, a área gozava de uma reputação nada lisonjeira, considerada por alguns como o refúgio de mentes ligeiramente excêntricas em busca da eternidade. Poucos pesquisadores ousavam se aventurar por lá. Até mesmo as editoras de periódicos científicos eram cautelosas. O pesquisador vivenciou isso em primeira mão em 2011, quando foram publicadas as conclusões do estudo que ele e sua equipe haviam acabado de concluir sobre o rejuvenescimento de células humanas senescentes. "Tivemos que lutar para que a editora mantivesse a palavra 'rejuvenescimento' no título, embora fosse exatamente isso que estávamos demonstrando. Tive que ameaçar ir para outra editora", lembra.
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