Suíça encurralada: reações e receios avolumam-se

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A delegação suíça liderada por Karin Keller-Sutter e Guy Parmelin não conseguiu persuadir Donald Trump a recuar nas exportações sujeitas a um imposto de 39%.

O governo Trump não mudou nem um pouco em sua política em relação à Suíça.
Os Estados Unidos impuseram um imposto de 39% sobre as exportações suíças desde as 6h desta manhã (horário da Suíça). Karin Keller-Sutter e Guy Parmelin retornaram de mãos vazias de sua viagem a Washington. Uma reunião do Conselho Federal está marcada para o início da tarde de quinta-feira para analisar a situação.
Além da Suíça e da União Europeia, cerca de 70 países são afetados por essas tarifas americanas. As reações foram rápidas na Suíça após a confirmação da entrada em vigor da medida. A Swissmem, por exemplo, alertou sobre as consequências para a prosperidade da Suíça se o setor exportador continuar sob pressão.
Um em cada dois francos é ganho no comércio exterior, de acordo com a Associação Suíça da Indústria de Máquinas, Equipamentos Elétricos e Metais. A associação recomenda uma lista de medidas urgentes, incluindo a extensão da duração do trabalho de curta duração para 24 meses e o apoio a acordos bilaterais com a UE.
A Economiesuisse pede união entre o governo e a comunidade empresarial. "A economia não deve ser ainda mais restringida e penalizada por novas leis e decretos. Também é importante reduzir o ônus dos custos para empresas e funcionários", afirma a organização, que pede a continuidade das negociações para "reduzir essas taxas alfandegárias". A Travail.Suisse, organização que reúne os trabalhadores, está preocupada com o emprego e denuncia as "taxas alfandegárias punitivas, incompreensíveis e arbitrárias impostas pelo governo dos EUA".
(jba)
20 Minutes