Shein é acusada de roubar fotos de um site de moda


"As fotografias foram usadas, distribuídas e modificadas pela Shein sem o consentimento de Nelly", afirma a empresa sueca.
A varejista de moda sueca Nelly processou a Shein pelo uso ilegal de suas fotografias para o mercado sueco, anunciou um tribunal de Estocolmo na segunda-feira. A audiência ocorrerá às 9h, horário local (7h, horário de Brasília), na terça-feira.
Nelly acusa a gigante asiática de ultra-fast fashion de ter usado, sem sua autorização, cerca de cinquenta fotografias de seu site "para fins de marketing direcionados ao mercado sueco" para vender seus produtos naquele país, disse ela em sua intimação, vista pela AFP na segunda-feira.
A Shein "também alterou as imagens em questão, cortando-as e adicionando" seu logotipo, diz o texto. "As fotografias foram usadas, disseminadas e modificadas sem o consentimento de Nelly", e esse uso "deve ser considerado uma violação" de sua propriedade intelectual.
Em um e-mail enviado à empresa sueca e reproduzido na intimação, a Shein rejeita as alegações de violação e questiona o direito exclusivo de Nelly sobre suas fotos. A gigante chinesa de fast-fashion também argumentou que não era obrigada a interromper o uso das imagens ou a se abster de uso semelhante no futuro.
Acusada, por sua vez, de poluição ambiental, práticas comerciais enganosas, concorrência desleal e trabalho indigno por parte de políticos, empresários e associações, a Shein simboliza, segundo seus detratores, todos os males da "ultra fast fashion".
A empresa enfrenta uma multa de € 150 milhões da autoridade francesa de proteção de dados (CNIL) por não cumprir a legislação sobre cookies.
(o/rk)
20 Minutes