Monte dei Paschi assume o controle de Mediobanca com a bênção de Roma

A vitória vinha se formando há meses no campo de batalha político e financeiro em que se transformou o setor bancário italiano. Ela foi efetivamente conquistada pelos aliados do governo do primeiro-ministro de extrema direita Giorgia Meloni na segunda-feira, 8 de setembro, com a abertura de um novo capítulo na história do próspero setor financeiro italiano. Com a bênção do executivo romano, o Monte dei Paschi di Siena (MPS), o antigo homem doente do setor comandado por Luigi Lovaglio e com 11,7% de propriedade do Tesouro italiano, assumiu na segunda-feira, 8 de setembro, o controle de 62% do capital da joia das finanças transalpinas – o banco de investimentos Mediobanca, um importante centro histórico de poder em Milão, que já serviu como contrapeso ao capitalismo de Estado italiano.

Este desenvolvimento ocorre após uma complexa ofensiva realizada com a benevolência do executivo pela holding Delfin, que representa os interesses dos herdeiros do bilionário Leonardo Del Vecchio, fundador da fabricante de óculos Luxotticca, e pelo investidor romano do setor de construção Francesco Gaetano Caltagirone, presente no capital da MPS e da Mediobanca, onde o peso de suas ações combinadas chega a quase 30%.

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