México cria regime específico para trabalhadores de plataformas
O México é um dos primeiros países a criar um regime trabalhista específico para motoristas e entregadores que utilizam plataformas como Uber, Didi e Rappi. Desde 1º de julho, uma reforma permite que esses trabalhadores se beneficiem dos mesmos benefícios sociais que os empregados: assistência médica, licença remunerada, indenização por acidente, aposentadoria, décimo terceiro salário e participação nos lucros. A lei, em negociação desde 2021, preserva em grande parte a flexibilidade inerente ao setor: os trabalhadores permanecem livres para definir seus próprios horários.
Em 25 de junho, a presidente Claudia Sheinbaum reiterou a importância da medida: "Essas empresas consideram seus funcionários como parceiros, mas a lei os reconhece como trabalhadores. Queremos que eles tenham os mesmos benefícios de um funcionário; além disso, é um trabalho arriscado, porque eles estão sempre nas ruas."
Um programa piloto de seis meses foi implementado, com sua implementação final em janeiro de 2026. No início de julho, na ausência de qualquer requisito de renda mínima, mais de 1 milhão de trabalhadores estavam registrados no Instituto Mexicano de Seguro Social (IMSS), um número que supera as previsões oficiais (650.000 trabalhadores) e confirma a importância deste setor. "A maioria dessas pessoas obtém a maior parte de sua renda de plataformas. Não é uma atividade complementar", destacou o IMSS em um comunicado à imprensa. Em detalhes, 74% dos motoristas e entregadores dependem de aplicativos como sua principal fonte de renda e 80% trabalham para apenas uma plataforma.
Restam 58,56% deste artigo para você ler. O restante está reservado para assinantes.
Le Monde