Jura. Em Planches-en-Montagne, as maldições do castelo da loucura

Com vista para o vale do Saine, uma torrente tumultuada se ergue ao norte, um penhasco vertical com mais de cinquenta metros de altura. A face sul é de difícil acesso. No topo deste pico austero, ergue-se o lugar chamado Le Châtelet, outrora o local de um antigo forte.

Claude François Fumey, um rico camponês e prefeito, era o dono da propriedade. Em 1817, sua esposa, após seis filhas, deu à luz um filho, Albert Léon, mas morreu no parto. Ele tornou-se cada vez mais solitário e taciturno.

Em 1837, Claude François Fumey empreendeu um projeto maluco: a construção de um prédio de quatro andares à beira do penhasco. Mas em 1843, em 6 de agosto, seu filho, um estudante de medicina, que voltava para casa à noite com um amigo da festa em Foncine em uma carruagem puxada por cavalos, caiu no fundo do abismo!

A dor piorou seu estado, mas ele continuou com seu projeto, apesar das tempestades que constantemente atingiam o prédio e que os moradores locais descreviam como "cercado por nuvens malignas". Ele morreu em 14 de março de 1854.

O que todos chamavam de "castelo da loucura" por esse projeto descabido está inacabado e seus quatro andares, castigados pelas intempéries, têm uma aparência sinistra, até que uma tempestade "dantesca", mais forte que as outras, com trovões e relâmpagos, o partiu em dois e o deixou esventrado, a parte convertida em cinzas.

Dizem que foi demolida em 1882 e as pedras das ruínas foram recuperadas. Tudo o que resta é uma antiga capela.

Uma maldição? O oratório construído no local da morte do filho foi destruído durante obras na estrada, mas reconstruído em 2003.