Gigante dos efeitos especiais Technicolor à beira do abismo

A queda do Technicolor acelera. O grupo especializado em efeitos especiais e animação pode anunciar nas próximas horas o fim das atividades de suas empresas The Mill, MPC Advertising e Mikros Animation nos Estados Unidos. Os funcionários americanos do grupo receberam um memorando interno sobre esse assunto na sexta-feira.

O grupo sediado em Paris também notificou seus funcionários sobre a abertura de um processo de recuperação judicial no tribunal comercial de Paris para suas empresas francesas, incluindo Mikros Image e The Mill France. Uma iniciativa semelhante foi lançada nesta segunda-feira na Grã-Bretanha para a Technicolor Creative Studios UK Limited.

Em uma carta aos funcionários, a CEO Caroline Parot indicou que a Technicolor sofreu com uma queda nos pedidos relacionada à greve dos roteiristas de Hollywood. Mas suas dificuldades são mais antigas. À beira da falência em 2020, a empresa tentou se recuperar dividindo-se em duas entidades em 2022: a Technicolor CS, dedicada a efeitos especiais, animação e videogames, e a Vantiva, que abriga suas outras atividades.

Dois cenários estão surgindo. A primeira é uma aquisição por um comprador global. Mas o grupo vem lutando há muito tempo para encontrar um candidato. Uma venda em pedaços parece mais provável. O grupo já teria recebido manifestações de interesse. O futuro de seus mais de 10.000 funcionários ao redor do mundo está em jogo.