Donald Trump afirma que a Intel 'concordou' em vender 10% de suas ações ao governo dos EUA
Donald Trump disse na sexta-feira, 22 de agosto, que a empresa americana de semicondutores e processadores Intel havia "concordado" em vender 10% de suas ações ao governo americano. "Acho que é um ótimo negócio para eles", garantiu o presidente americano no Salão Oval, referindo-se ao seu encontro com Lip-Bu Tan, chefe da Intel, em 11 de agosto.
O governo dos EUA queria obter ações da empresa em troca de subsídios já planejados pelo ex-presidente Joe Biden, afirmou também na semana passada o secretário de Comércio, Howard Lutnick.
Esses subsídios faziam parte da Lei CHIPS, a lei aprovada pelo antecessor democrata de Trump, com o objetivo de incentivar a instalação de toda a cadeia de valor de chips e semicondutores no país. Mas o presidente americano busca atrair empresas impondo taxas alfandegárias sobre produtos importados para o país, apostando que elas preferirão instalar fábricas lá em vez de pagar a sobretaxa.
"Deveríamos receber ações em troca do nosso dinheiro", disse Lutnick na época. "Pagaremos o dinheiro prometido pelo governo Biden [de Joe] e receberemos títulos em troca." Uma participação na Intel, no entanto, não equivaleria a um direito a voto ou a um assento no conselho do grupo, disse Lutnick.
Reunião na Casa BrancaA Intel é uma das empresas mais icônicas do Vale do Silício, mas seu sucesso foi eclipsado pelas gigantes asiáticas TSMC e Samsung, que dominam o mercado de semicondutores.
No início de agosto, o Sr. Trump atacou Lip-Bu Tan, acusando-o de "enfrentar um sério conflito de interesses" e pedindo que ele "renunciasse imediatamente", antes de recebê-lo em 11 de agosto na Casa Branca para uma reunião descrita pelo presidente americano como "muito interessante".
A gigante japonesa de investimentos em tecnologia SoftBank Group também anunciou na semana passada que investiria US$ 2 bilhões na Intel, elevando sua participação para 2%.
O mundo com a AFP
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