Cartas de Pokémon no McLanche Feliz: campanha do McDonald's no Japão vira fiasco

O McDonald's do Japão pediu desculpas depois que uma campanha de marketing oferecendo cartões Pokémon de edição limitada nas compras do McLanche Feliz fracassou, gerando longas filas e indignação nas redes sociais sobre o desperdício de alimentos.

Em um comunicado divulgado na segunda-feira, o McDonald's reconheceu que houve alguns casos de "compras em massa por parte dos clientes, motivadas pela revenda" , que levaram ao "desperdício de alimentos". No Japão, os famosos cartões "monstros de bolso" são muito populares entre crianças e alguns adultos.

Lançada na sexta-feira, 8 de agosto, a campanha da rede de fast food rapidamente saiu dos trilhos, com os clientes correndo para comprar grandes quantidades de refeições apenas para revender os cartões a um preço mais alto em sites de compras online.

As mídias sociais foram inundadas com comentários negativos sobre longas filas nos restaurantes McDonald's, com fotos não verificadas mostrando sacos plásticos cheios de hambúrgueres e batatas fritas não consumidos.

Alguns estão se referindo maliciosamente a uma campanha "Mal-quente" em vez do popular "Mal-quente Feliz". A campanha gerou muitos comentários. "Não consegui um McLanche Feliz para minha filha por causa dessas pessoas", postou um usuário no X. "Tenho certeza de que há fãs adultos de Pokémon que realmente querem os cards, mas esses revendedores são realmente constrangedores", reclamou outro. "Eles vão [aos restaurantes] para coletá-los e depois jogam a comida fora... para que lucro?", lamentou outro.

Problemas semelhantes já afetaram outras campanhas do McDonald's no passado, incluindo colaborações com séries de mangá como Chiikawa . Ao anunciar esta última campanha de marketing, a empresa insistiu que cada pessoa poderia comprar no máximo cinco refeições. O grupo de fast-food esclareceu que agora busca "impor um limite mais rigoroso" para futuras operações desse tipo.

"Qualquer tentativa de comprar mais do que o limite autorizado, de ficar na fila várias vezes ou de se comportar de forma intimidadora com nossos funcionários" resultará na recusa da venda, afirmou a empresa. A gigante americana também prometeu solicitar aos sites de comércio online que tomem medidas mais eficazes contra a revenda abusiva dessas cartas de Pokémon.