5ª semana de férias remuneradas monetizadas? Governo está "desmantelando benefícios sociais", alerta CGT (Confederação Geral do Trabalho)

O governo vem "desmantelando os benefícios sociais há anos". O secretário confederal da CGT, Denis Gravouil, criticou duramente a proposta do governo de monetizar a quinta semana de férias remuneradas do RMC na sexta-feira. Concretamente, os funcionários poderão trocar esta semana por um salário adicional.
"A licença remunerada foi uma conquista da Frente Popular em 1936, e a quinta semana foi conquistada em 1981. É tempo de descanso. É também tempo de descanso", argumenta Denis Gravouil.
O número dois da CGT não quer culpar os funcionários que concordam em reduzir suas férias para poder trabalhar: "Compreendemos perfeitamente quem diz 'precisamos ganhar mais'". Segundo ele, essa não é a solução certa. "O que está acontecendo não é um aumento salarial, é que vocês estão abrindo mão das férias, supostamente de forma voluntária, mas sabemos muito bem que, na maioria das vezes, é voluntariado forçado."
"Por que as pessoas fazem hora extra? Porque os salários são muito baixos", insiste Denis Gravouil.
O sindicalista, por outro lado, defende uma visão na qual "devemos aumentar os salários e compartilhar a riqueza". Ele afirma, falando a Apolline Matin , que a França "tem amplos meios para fazer isso".
O secretário confederal da CGT também foi questionado sobre os comentários do deputado Mathieu Lefèvre, do Ensemble pour la République. Lefèvre propôs, na TF1, o retorno à semana de 35 horas. "Precisamos acabar com a semana de 35 horas neste país e dar às empresas a liberdade de se organizarem, obviamente em conjunto com seus funcionários. Se as empresas precisam de mais de 35 horas e seus funcionários concordam, vamos fazer isso", declarou.

Uma ideia firmemente rejeitada por Denis Gravouil: "É um festival de reação. Todas essas pessoas estão representando Thatcher sem maioria, sem apoio público. É completamente absurdo."
As medidas anunciadas por François Bayrou podem levar a uma mobilização massiva nas ruas. Uma reunião entre as diversas forças sindicais está planejada "durante o dia", segundo o secretário confederal da CGT, para discutir a mobilização. "A greve geral não é um botão, mas a raiva está presente desde os anúncios de segunda-feira", conclui Denis Gravouil.
RMC