Vuelta 2025: Equipe Israel-Premier Tech descarta desistência após protestos pró-palestinos se multiplicarem no percurso

O Tour da Espanha continua sendo interrompido por protestos pró-palestinos, o que levou à interrupção da 11ª etapa na quarta-feira, sem vencedor na chegada em Bilbao.

A equipe de ciclismo Israel-Premier Tech descartou a possibilidade de desistir da Vuelta, conforme sugerido pelo diretor técnico do evento após os protestos pró-palestinos que interromperam a chegada da 11ª etapa em Bilbao na quarta-feira, 3 de setembro.

"A Israel-Premier Tech é uma equipe profissional de ciclismo e, como tal, continua comprometida em participar da Vuelta. Qualquer outra alternativa abriria um precedente perigoso no ciclismo, não apenas para a Israel-Premier Tech, mas para todas as equipes ", afirmou a equipe em um comunicado. "A Israel-Premier Tech expressou repetidamente seu respeito pelo direito de todos de protestar, desde que esses protestos permaneçam pacíficos e não comprometam a segurança do pelotão", continuou a equipe.

O diretor técnico da Vuelta a España, Kiko Garcia, já havia sugerido que uma solução para encerrar os protestos seria a retirada da equipe Israel-Premier Tech. "A situação não é fácil e juntos podemos buscar uma solução. Para mim, só há uma solução no momento, que seria a própria equipe de Israel perceber que sua presença aqui não facilita a segurança de todos os outros", disse ele em entrevista à Cadena Ser .

A presença maciça de manifestantes pró-palestinos na chegada em Bilbao levou os organizadores do Tour da Espanha a interromper a 11ª etapa, sem anunciar um vencedor, o mais recente episódio de uma série de incidentes que vêm prejudicando a corrida há vários dias.

Desde o início, em 23 de agosto, e especialmente desde a chegada do evento à Espanha, no dia 27, manifestações diárias têm reunido ativistas que protestam contra a presença da equipe israelense Israel Premier Tech no terceiro grande Tour do ano. "Como organizadores, também não podemos tomar decisões, pois o regulamento nos obriga a administrar a equipe ", enfatizou Kiko Garcia. "Neste momento, não estamos mais preocupados apenas com a proteção de Israel, estamos preocupados com a proteção de todos."

A União Ciclista Internacional, por sua vez , "condenou veementemente as ações que levaram à neutralização da 11ª etapa da Vuelta", em um comunicado divulgado na quarta-feira. A UCI acredita que o ciclismo "não deve, em hipótese alguma, ser utilizado como instrumento de punição" e expressa "sua total solidariedade e apoio às equipes e seus funcionários, bem como aos ciclistas, que devem poder exercer sua profissão e sua paixão em condições ideais de segurança e tranquilidade".