MMA. UFC Paris: Imavov se aproxima do cinturão, Saint Denis se recupera... a noite perfeita para o francês

Depois de Ciryl Gane duas vezes e Benoit Saint Denis no ano passado, foi Imavov, o "Sniper", que o UFC escolheu para a luta principal da noite parisiense.

Após um início forte contra o brasileiro Caio Borralho, Imavov acelerou nos rounds seguintes antes de dominar o round final. O francês de 29 anos, o segundo colocado no peso médio, venceu por decisão unânime (50-45, 49-46, 49-46).

Em uma sala fervilhante, como acontece sempre que o UFC chega à capital francesa, Imavov, mais ofensivo e preciso, senão espetacular, usou sua força e resistência para desgastar o brasileiro.

Mas além de ter que contra-atacar o adversário, conhecido pela velocidade de movimentos e invicto há quase dez anos, o francês teve que enfrentar um imprevisto ao machucar o pé durante a luta.

"Considerando a minha condição, estou muito satisfeito. Tenho um tendão no calcanhar que se soltou. Não sei o que é, mas dói muito", explicou. "Gostaria de ter vencido antes do prazo, mas não importa."

Após esta quinta vitória consecutiva contra um membro do Top 10, o nativo do Daguestão se estabelece como um candidato natural e legítimo para uma luta pelo cinturão da divisão, atualmente detido por Khamzat Chimaev.

"Eu sou o próximo, Dana", disse Imavov no octógono em uma mensagem para Dana White, o todo-poderoso presidente do UFC.

Entrando no palco pouco depois da meia-noite, Imavov encerrou a noite parisiense em grande estilo, que este ano teve o clima de uma partida entre França e Brasil.

Momentos antes, Benoit Saint Denis também havia vencido um auriverde, Mauricio Ruffy, anunciado como favorito apesar de uma classificação mais baixa.

Um ano após a demolição sofrida na capital, o Saint Denis venceu com estilo o brasileiro Mauricio Ruffy.

Muito aplicado, o número 13 da categoria leve venceu por finalização após um mata-leão no segundo round.

Saint Denis vinha de uma vitória contra o canadense Kyle Prepolec em maio, após duas derrotas, incluindo uma contundente contra Renato Moicano em setembro de 2024 na edição anterior do UFC Paris, que ele venceu desfigurado e com as pálpebras sangrando.

Desde então, o francês mudou seu entorno e recorreu a Nicolas Ott, um treinador que se tornou uma figura-chave no MMA francês e também treinador de Imavov.

"Eu estava muito bem cercado e supervisionado, foi isso que me permitiu ser o soldado que sou no cage", disse o lutador de 29 anos.

Em sua estreia no UFC, Sola venceu por nocaute técnico no terceiro round o irlandês Rhys McKee. Ainda invicto em 11 lutas profissionais, Sola subiu de categoria para esta luta após assinar seu contrato com o UFC há apenas dez dias. Como de costume, o ex-campeão do ARES estreou com música clássica, desta vez com o Réquiem de Mozart.

Gomis, que participa do card do UFC Paris pela quarta vez consecutiva, venceu o polonês Robert Ruchala por decisão unânime (30-27, 29-28, 29-28). Ele conquistou sua quinta vitória em seis lutas na liga americana e exige um oponente do Top 15 para sua próxima luta no octógono.

O primeiro francês a entrar na jaula da noite, Oumar Sy, conquistou uma vitória impressionante contra o brasileiro Brendson Ribeiro. Sy venceu por nocaute técnico pouco antes do final do primeiro round, encerrando assim sua derrota inesperada em junho passado.