Ações da Eagle Football no Botafogo são congeladas pela Justiça brasileira

Devido ao alto endividamento do grupo americano Eagle Football Holding, liderado por John Textor, a Justiça brasileira determinou nesta quinta-feira, 31 de julho, o bloqueio de suas ações no clube Botafogo, sediado no Rio de Janeiro, segundo decisão vista pela Agence France-Presse (AFP).

John Textor diz que usou o capital do time carioca, atual campeão da Copa Libertadores – o equivalente sul-americano da Liga dos Campeões da Europa – que, segundo ele , “gerou uma quantia significativa de dinheiro” , para cobrir os prejuízos do Olympique Lyonnais (OL), da França, do qual também é dono.

Um tribunal do Rio de Janeiro estimou que a Eagle Football deve ao Botafogo cerca de US$ 27,2 milhões (quase € 23,8 milhões) e, portanto, ordenou "o confisco preventivo de [suas] ações" no clube.

Depois de admitir erros de gestão no Lyon — salvo in extremis do rebaixamento administrativo para a Ligue 2, a segunda divisão do campeonato — John Textor deixou seu lugar à frente da equipe do Rhône para seu compatriota americano Michele Kang no final de junho.

Em 9 de julho, ela conseguiu convencer o comitê de apelações da DNCG, o órgão de fiscalização financeira do futebol francês, de que tinha "liquidez suficiente para operar [o OL] " durante toda a temporada . "Alguns credores investiram dinheiro (...) , eu também, assim como outros acionistas", explicou ela à imprensa.

John Textor também é dono do clube belga Molenbeek e vendeu sua participação no Crystal Palace, da Premier League inglesa, em junho.