Um Festival de Outono de Viagens Interiores e Curiosidades Distantes

Percorrer a programação da edição de 2025 do Festival d'Automne é como fazer uma viagem ao redor do mundo em ritmo acelerado. Uma viagem sem fronteiras, do Japão ao Brasil, da Tailândia ao Irã, com paradas em Ruanda, Senegal e Suécia. No total, 30 países e o mesmo número de cenários artísticos estão representados a partir de 4 de setembro e durante os quatro meses deste grande evento multidisciplinar, que lidera a temporada cultural na região da Île-de-France. Essa forte ancoragem internacional (com 25 estreias mundiais), constantemente expandida e renovada, constitui o verdadeiro DNA do festival. Em uma era de retração, tensões geopolíticas e comerciais e dificuldades de financiamento da cultura e sua circulação em muitos países, esse caleidoscópio de criações estrangeiras é ainda mais precioso.
Artistas brasileiros pretendem aproveitar esta oportunidade – e a da Temporada Brasil-França – para fazer ouvir suas vozes. Como aquelas que a Maison des métallos, em Paris, acolhe como parte de uma carta branca oferecida à Casa do Povo, o centro de arte militante e contracultural sediado em São Paulo, convidado a ocupar o espaço de 13 a 27 de setembro para uma série de mostras e atividades. Ou a de Carolina Bianchi, a autora e diretora intransigente, que retorna à França com A Irmandade , uma mostra vertiginosa na qual denuncia, entre outras coisas, o domínio que os homens têm sobre a representação das mulheres na arte.
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Le Monde