No Festival de Outono de Paris, a Casa do Povo eletrifica a Maison des métallos

"Se conseguirmos perder o controle, é porque terá dado certo!", exclama o entusiasmado voluntário Benjamin Seroussi, diretor da Casa do Povo em São Paulo, um espaço ativista aberto à alteridade, à urgência das lutas, às minorias e à estética marginal. Esta "casa do povo" foi fundada em 1946 no bairro do Bom Retiro por associações judaicas antifascistas. Memorial dedicado à memória dos mortos no Holocausto, base de sustentação de uma contracultura radical e politizada, ela continuou a se reinventar ao longo dos anos sem jamais negar sua verdadeira identidade. O antifascismo e o vanguardismo forjam seu DNA. É uma casa com forte personalidade cuja missão é dinamitar – "ativar" , como explica Benjamin Seroussi – os múltiplos espaços da Maison des métallos em Paris em setembro, como parte de uma carta branca dada pelo Festival d'automne.
Essa perspectiva encanta a diretora do local, Alice Vivier, que está pronta para derrubar as paredes para dar lugar aos trinta brasileiros esperados a partir de 13 de setembro para uma inauguração alucinante com workshops, exibição de filmes e DJ set. "Este projeto de ocupação temporária ressoa com a história dos Metalúrgicos. Compartilhamos uma certa ideia de luta e um compromisso mútuo com culturas alternativas."
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Le Monde