Morte de Sonallah Ibrahim: Uma grande voz da literatura egípcia faleceu

“O Egito não perdeu apenas um grande autor, mas também um modelo de integridade – prova do que a literatura egípcia pode representar quando se recusa a ser complacente”, lamenta a jornalista Lina El-Wardani no site do semanário egípcio Al-Ahram , que presta homenagem ao escritor Sonallah Ibrahim. Desde o anúncio de sua morte aos 88 anos pelo Ministério da Cultura egípcio, na quarta-feira, 13 de agosto, manifestações de respeito têm sido abundantes na imprensa árabe.

Ele era "uma das vozes mais intransigentes da literatura árabe". "Notavelmente acessível, apesar de sua imensa reputação, ele nunca deixou de encorajar jovens autores". Lina El-Wardani, que o entrevistou diversas vezes, "o apreciava enormemente em um nível pessoal, pois ele era afetuoso, próximo das pessoas e genuíno", e foi profundamente influenciado, como muitos egípcios, por seu trabalho.

Nascido no Cairo em 1937, Sonallah Ibrahim “era conhecido em todo o mundo árabe por suas crônicas de injustiça social, seu estilo refinado, quase documental, e sua feroz independência”, relata Al-Araby Al Jadeed .

“As suas obras – onde o íntimo e o político se fundem – destacam as lutas do mundo árabe pós-colonial, nomeadamente