Mais de 200 migrantes sem-teto prontos para passar a noite em frente à Prefeitura de Paris

O grupo, presente desde a noite de terça-feira e agora composto por cerca de 250 pessoas, segundo a associação, inclui principalmente mulheres solteiras com filhos e pais, mas não homens solteiros ou menores desacompanhados. Depois de passarem a primeira noite ali, enrolados em cobertores e sacos de dormir no chão, os migrantes, alguns dos quais residem legalmente na França, expressaram sua indignação na manhã de quarta-feira gritando: "Queremos moradia! Zero crianças nas ruas!", observou um jornalista.
Ao longo do ano, a Utopia 56 realiza uma ação de prontidão todas as noites no pátio da Prefeitura de Paris para tentar encontrar acomodações de emergência para as pessoas mais vulneráveis, que foram rejeitadas dos abrigos habituais. No verão, a situação "é particularmente tensa", denuncia a associação, citando vários motivos: os serviços públicos estão lentos, os voluntários da comunidade estão de férias e as escolas e ginásios estão fechados e, portanto, não podem mais ser usados como último recurso.

A Prefeitura de Paris garantiu que continuará abrindo "centros para abrigar famílias no verão e no inverno". "No total, mais de 1.000 pessoas sob cuidados do Estado estão atualmente abrigadas em locais municipais ou ginásios adaptados, além de mais de 3.000 pessoas em famílias", enfatizou a prefeitura na noite de terça-feira, solicitando "que o Estado cuide dessas pessoas".