Em Bangkok, embaixada chinesa censura exposição sobre autoritarismo
A embaixada chinesa na Tailândia solicitou a remoção da palavra "China", de menções ao Tibete, Xinjiang e Hong Kong, e a remoção de diversas obras de arte de uma exposição dedicada à solidariedade entre Estados autoritários. Isso é irônico, dado o próprio propósito da exposição, e um sinal da vassalagem do país, segundo a imprensa tailandesa.
O Centro de Arte e Cultura de Bangkok (BACC), um espaço de exposição conhecido e respeitado na Tailândia por seu trabalho vanguardista e independente, está sob ataque após ceder à pressão da embaixada chinesa e censurar uma exposição.
Uma situação “incrivelmente irónica”, afirma o diário tailandês Bangkok Post, que destaca o próprio propósito da exposição intitulada “ Constelação de Cumplicidade: Visualizando a Máquina Global da Solidariedade Autoritária”. O evento explora as conexões formais e informais existentes entre Estados autoritários. Em cartaz até 19 de outubro, reúne obras de artistas exilados da Birmânia, Irã, Rússia, Síria e China.
Em uma parede na entrada do BACC, fita preta agora cobre a palavra China, a pedido da Embaixada Chinesa na Tailândia. O texto introdutório à exposição sublinha as intenções dos curadores: “Estamos testemunhando uma nova cartografia: uma gramática compartilhada tornada visível pela diplomacia, pelo intercâmbio econômico e pela repressão militarizada. Esses regimes colaboram, reforçam-se mutuamente e reproduzem formas
Courrier International