Você foi vítima de golpes ou abusos em viagens? A OCU explica o que você deve fazer para denunciar.

A chegada do verão é uma época especial para planejar escapadas e viagens para destinos que sempre desejamos visitar. Mas, em muitos casos, em meio à correria do dia a dia, esquecemos de planejar com antecedência e fazemos uma reserva de última hora — justamente quando os cibercriminosos se aproveitam para exibir anúncios enganosos de pacotes de viagem para chamar a atenção dos consumidores.
Nesse sentido, o 20minutos entrou em contato com a Organização de Consumidores e Usuários (OCU) e, por meio de seu porta-voz, Enrique García, pudemos conhecer os mecanismos disponíveis para as vítimas desses abusos ou golpes online na Espanha para denunciar os diversos casos às autoridades.
Como denunciar um golpe ou abuso em viagens
Em primeiro lugar, o porta-voz da OCU explicou que, se o problema for uma fraude perpetrada por uma empresa ou serviço de turismo, a pessoa afetada deve entrar em contato com a Direção-Geral do Consumidor ou com a Direção-Geral do Turismo, tanto no seu destino como no seu local de origem. Ele também sustentou que, a partir do momento em que um usuário recebe um serviço que não corresponde ao que foi contratado, isso é imediatamente considerado uma violação dos seus direitos de consumidor e, portanto, é protegido por lei.
"A primeira coisa a observar é que a publicidade faz parte do contrato. Ou seja, se for prometida uma acomodação com vista, ela deve ter vista. Caso contrário, o contrato é violado e o consumidor pode exigir ressarcimento ou indenização ", explicou García.
Ele também enfatizou que o mais importante para registrar uma reclamação com sucesso é reunir todas as provas possíveis, tanto do contrato de prestação de serviços turísticos quanto das condições em que foi recebido, para que possa ser processado corretamente. "É preciso trazer todas as provas possíveis. Publicidade, serviços, contratos que comprovem essas circunstâncias, até mesmo recibos de pagamento efetuados na época. Quanto melhor fundamentada for a reclamação, com mais provas, mais viável ela será", afirmou o porta-voz da OCU.
Da mesma forma, García sustentou que, no caso de aluguéis de casas de férias, se não corresponderem ao anúncio, devem ser produzidas provas audiovisuais para fundamentar a reclamação às autoridades. " Por exemplo, o estado da casa, se está suja ou danificada. Grava-se um vídeo ou tira-se uma foto", concluiu.
20minutos