Os caminhos restantes para o Pacto Histórico se consolidar como um partido único antes das eleições de 2026: as decisões da CNE serão fundamentais.

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Os caminhos restantes para o Pacto Histórico se consolidar como um partido único antes das eleições de 2026: as decisões da CNE serão fundamentais.

Os caminhos restantes para o Pacto Histórico se consolidar como um partido único antes das eleições de 2026: as decisões da CNE serão fundamentais.
A proposta que o plenário do Conselho Nacional Eleitoral discutirá sobre a criação do Pacto Histórico como partido político tem levantado alarmes na esquerda porque, embora apoie o surgimento desse grupo, não permite que a Colômbia Humana, partido do presidente Petro, faça parte dele.
Em entrevista ao EL TIEMPO, o deputado Gabriel Becerra, líder político progressista, discute os caminhos a seguir diante dessa decisão, antes das eleições de 2026.

Gabriel Becerra Foto: Twitter @BecerraGabo

Como você recebe essa apresentação que exclui a Colombia Humana do Pacto Histórico?
Para nós, é muito importante que os direitos das organizações pelas quais lutamos há muitos anos, da esquerda e do progressismo, sejam reconhecidos, para que possamos nos unir e agora tenhamos um movimento político que se tornou a principal força política do país. Discordamos da exclusão da Colômbia Humana, uma das organizações mais importantes do país, por ser o partido do Presidente da República. Argumenta-se que a Colômbia Humana não pode se filiar por não atender a certos parâmetros estabelecidos em seus estatutos, mas na assembleia do ano passado, a Colômbia Humana fez uma alteração que permitiu que a maioria aprovasse a adesão ao Pacto Histórico. Isso precisa ser esclarecido. Se houver divisão, o efeito eleitoral não é o mesmo.
Há motivações políticas e não legais nesta apresentação?
É evidente que a autoridade de um órgão administrativo, e não judicial, como o CNE está cada vez mais enfraquecida. Portanto, os atuais membros devem prestar muita atenção às suas decisões, que são cada vez mais questionadas por serem um órgão puramente político. Muitas de suas decisões têm cunho político. A Colômbia precisa de uma reforma política e eleitoral para criar um tribunal eleitoral autônomo.

Alguns dos pré-candidatos ao Pacto Histórico. Foto: Arquivo privado

Se a moção for aprovada como está, haverá tempo para outro tribunal analisar o caso antes das consultas de outubro?
Precisamos avaliar cuidadosamente a decisão proferida pelo CNE. Teremos que tomar decisões com base nisso. Se o CNE ouvir nossos argumentos e permitir a unidade sem excluir a Colombia Humana, nosso caminho permanecerá intacto, pois realizaremos uma consulta partidária. Caso contrário, o cenário que se abre é uma consulta interpartidária, e isso tem efeitos diferentes. Temos que agir quando a decisão for proferida e avaliar as consequências políticas de não realizar uma consulta partidária, mas sim uma consulta interpartidária no Congresso. Isso é algo sobre o qual estamos consultando, porque nunca aconteceu antes.
Mas, independentemente do que o CNE decida em sua sessão plenária, estamos falando de um efeito nas listas do Congresso, mas não no processo de seleção do candidato presidencial de esquerda, que então se juntará a uma frente ampla. Isso está correto?
É o que esperamos. Mas realizar uma consulta partidária é uma coisa, e realizar uma consulta interpartidária é outra. Teríamos que considerar, com base na decisão final da CNE, se seríamos os únicos a permanecer no Pacto. Precisamos abordar as questões jurídicas.

O presidente Gustavo Petro está no Brasil. Foto: Presidência

Você não acha que demorou muito para avançar nesse processo e deixou para muito tarde na preparação para as eleições?
É sempre melhor ter mais tempo e, certamente, se tivéssemos conseguido finalizar os acordos antes, teríamos tido mais espaço para fazer ajustes de acordo com o cronograma do CNE. Mas a verdade é que o CNE teve tempo: apresentamos nossa solicitação em 13 de junho, e agora é setembro, e o CNE não emitiu nenhuma declaração, o que nos levou a entrar com um mandado de segurança para garantir um pronunciamento. Mas a esquerda deu um enorme salto em maturidade política; em outros tempos, era bastante difícil imaginar que poderíamos atingir o nível de unidade que temos agora. Havia quatro organizações do porte da Colômbia Humana, do Polo, do Partido Comunista e da UP que não tiveram problemas em ir além de seus interesses particulares e até mesmo abandonar sua personalidade jurídica. Isso é um nível de maturidade política.

Gabriel Becerra, Deputado Federal pelo Pacto Histórico. Foto: Gabriel Becerra Press

Tem havido rumores de que alguns candidatos presidenciais estão renunciando e se unindo a Iván Cepeda para se unir contra Daniel Quintero. Como esses movimentos estão progredindo?
Temos um bom grupo de candidatas e candidatos, com boa representatividade feminina, com experiência e trajetória, e colegas do porte de ex-senadores e ex-prefeitos. O que está em jogo não é quem é o candidato, mas quem vai liderar esse bloco. Mas é bem possível que esses candidatos vençam; se tivermos 10, podemos nos reagrupar nessas correntes. Se todos permanecerem, é uma opção para o povo decidir; se se reagruparem, facilita a decisão do povo e a eleição seria muito mais programática. Mas, de qualquer forma, a candidatura do Pacto Histórico irá para o primeiro turno e poderá participar do segundo turno, esperançosamente reagrupando uma frente ampla com outros setores que nos permita manter o legado do presidente Petro e aprofundá-lo, corrigindo erros e melhorando onde for preciso.
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