UE planeja tarifa de € 2 para encomendas

A União Europeia (UE) disse ontem que está se preparando para impor uma taxa fixa de dois euros (US$ 2,25) sobre os bilhões de pacotes de baixo valor que inundam o bloco a cada ano, a grande maioria dos quais vêm da China.
O chefe comercial Maros Sefcovic disse ao Parlamento Europeu que as plataformas de comércio eletrônico devem pagar o imposto por pacote, o que visa ajudar a UE a enfrentar os desafios de um fluxo massivo de produtos baratos.
O imposto removeria o status de isenção alfandegária de pacotes avaliados em menos de € 150 que são importados diretamente para os consumidores, geralmente por meio de plataformas como Temu e Shein , fundadas na China.
Pacotes enviados diretamente para armazéns na UE enfrentariam uma taxa menor de 50 centavos, disse Sefcovic.
No ano passado, 4,6 bilhões desses pequenos pacotes entraram na UE (mais de 145 por segundo), 91% dos quais vieram da China. A UE espera que os números aumentem.
Bruxelas suspeita que plataformas, incluindo Shein e Temu, não estão fazendo o suficiente para impedir a venda de produtos que não atendem aos padrões europeus.
A UE também teme que muitos dos produtos importados para o bloco de 27 países sejam inseguros, falsificados e potencialmente perigosos para os consumidores.
Sefcovic explicou que o número representa "um desafio completamente novo para o controle, para a segurança, para garantir que os padrões dos produtos enviados para a União Europeia sejam verificados adequadamente".
Varejistas europeus dizem que enfrentam concorrência desleal de plataformas estrangeiras, que, segundo eles, muitas vezes não cumprem os rigorosos padrões de produtos da UE.
Compensar custosSefcovic destacou a "enorme" carga de trabalho dos funcionários da alfândega, "portanto, eu não consideraria a taxa de manuseio como um imposto, mas simplesmente como uma taxa para compensar o custo".
Bruxelas também espera que uma parte da receita do imposto seja alocada ao orçamento da UE.
Paris está particularmente preocupada com esta questão: no ano passado, cerca de 800 milhões de pacotes deste tipo foram enviados apenas para a França.
No mês passado, a França disse que queria começar a cobrar de vendedores on-line de fora da UE uma taxa de manuseio por pacote até 2028, após o que a UE deverá eliminar gradualmente o status de isenção alfandegária.
No início deste mês, os Estados Unidos encerraram as isenções tarifárias para produtos enviados da China avaliados em menos de US$ 800, que enfrentarão uma tarifa de 54%.
No ano passado, 4,6 bilhões desses pequenos pacotes entraram na UE (mais de 145 por segundo), 91% dos quais vieram da China. A UE espera que os números aumentem.
Eleconomista