Uber, Didi, Rappi: O Desafio da Regulamentação Trabalhista

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Uber, Didi, Rappi: O Desafio da Regulamentação Trabalhista

Uber, Didi, Rappi: O Desafio da Regulamentação Trabalhista

Nesta segunda-feira, 23 de junho (2025), entra em vigor a reforma trabalhista para trabalhadores de aplicativos digitais.

As relações trabalhistas no setor de entrega e transporte de alimentos começarão a ser regulamentadas.

180 dias após a reforma que regulamenta o trabalho por meio de aplicativos ter sido promulgada, ela entrará em vigor a partir da semana que vem.

Embora o programa piloto comece em 1º de julho.

Segurança, sem perder flexibilidade

Qual é o objetivo do governo com essa reforma trabalhista?

A meta do governo é que mais de 650.000 trabalhadores se beneficiem de emprego flexível e seguridade social.

Segundo informações divulgadas pela Secretária do Trabalho, Marath Baruch Bolaños López, 272 mil trabalhadores dessas plataformas ganham renda igual ou superior ao salário mínimo mensal.

Os dados levam as autoridades a inferir que esse valor representa o número de pessoas que dependem dessa única renda como sua principal fonte de emprego.

Seguindo a orientação da presidente Claudia Sheinbaum para buscar a proteção dos direitos dos trabalhadores e cerca de 30 reuniões entre as partes, a reforma foi finalmente aprovada e entrará em vigor nos próximos dias.

O que a reforma muda?

A reforma prevê as seguintes aplicações em favor dos trabalhadores: 1) acesso à previdência social, 2) indenização, 3) participação nos lucros da empresa, 4) responsabilidades do empregador, 5) causas de rescisão, entre outras.

Contratos firmados por empresas como Uber, Didi e Rappi devem ser registrados no centro de conciliação federal.

Uber, mais diálogo; possíveis repercussões

A Uber, uma das marcas mais reconhecidas, manifestou recentemente que é essencial continuar o diálogo com as autoridades.

Ele alertou que a proposta de implementação da reforma trabalhista para pessoas que trabalham em empresas de entrega ou transporte por aplicativos deixaria um em cada três motoristas sem oportunidades de renda e causaria uma perda estimada de 12 bilhões de pesos em sua renda.

A Uber está confiante de que, por meio do diálogo, uma implementação viável e bem-sucedida será alcançada, resultando em benefícios para todos os usuários da tecnologia Uber no México.

Esse é o alcance do posicionamento da Uber México.

Em todo o mundo, há uma pressão para regulamentar os aplicativos que revolucionaram o mundo em termos de transporte e logística de entrega.

Aplicações digitais, uma história de sucesso

Os aplicativos digitais têm sido uma história de sucesso no México e em muitos outros países.

No México, eles começaram em 2012. O Uber começou em 2013. O Rappi chegou ao México em 2015. O Uber Eat começou em 2016. O Didi em 2019. Praticamente todos eles vivenciaram um boom com a pandemia em 2020.

As plataformas de entrega de comida dobraram seus números entre 2019 e 2022. Elas se tornaram uma tábua de salvação para milhares de restaurantes e lanchonetes, beneficiando principalmente micro e pequenas empresas.

Até o final de 2024, o mercado de entrega de comida no México gerou receitas de US$ 2,53 bilhões, de acordo com a Statista Market Insights.

Direta e indiretamente, os aplicativos digitais de entrega e transporte têm apoiado o emprego no México.

Tanto pela oportunidade que oferece a quem tem veículo e tempo para entregar alimentos ou transportar passageiros, quanto pela logística que deu oxigênio a milhares de negócios que conseguiram sobreviver e continuam operando até hoje por meio da entrega domiciliar terceirizada.

Esses tipos de serviços surgiram com uma visão muito simples: fornecer um elo tecnológico entre a demanda (por transporte ou entrega de comida) e pessoas que oferecem seus veículos e tempo em troca de lucro.

Não é uma relação formal de emprego. É uma alternativa e, em muitos casos, uma fonte adicional de renda para as pessoas.

Esse acordo revolucionário abalou o mercado de trabalho formal. Agora, os governos buscam regularizar o acordo entre as partes.

Mas está claro que eles não devem, mesmo que possam, encaixá-los em padrões de trabalho tradicionais.

Espero que as autoridades governamentais entendam isso. Espero que ajam de acordo.

Eleconomista

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