O presidente Petro pediu ao Senado que votasse novamente no referendo.

Discurso presidencial
Depois que o Senado rejeitou o referendo que buscava retomar a reforma trabalhista, o presidente Gustavo Petro fez um discurso presidencial na China e pediu à corporação que realizasse uma nova votação.
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"Peço ao Senado que coloque o referendo em votação novamente. Peço ao povo da Colômbia; estarei pronto para cumprir suas ordens em resposta. Chegou a hora do povo", afirmou o Presidente Petro.
"Não esperávamos um acontecimento tão macabro como o do Senado da República. Eles nem sequer conseguiram vencer o referendo com os votos dos senadores. Tiveram que trapacear, como a fraude de 19 de abril de 1970, que nos levou a décadas de violência", disse o chefe de Estado, que estava acompanhado de vários dos ministros que o acompanharam durante sua visita ao gigante asiático.
O presidente também afirmou que a senadora Martha Peralta, do partido governista, não estava autorizada a votar e chamou o secretário do Senado, Diego Alejandro González, de "desonesto", que, segundo o governo, alterou o voto do senador Edgar Díaz. Contudo, registros do Senado mostram que a suposta mudança de voto, à qual o governo se refere, foi sempre negativa, e o próprio parlamentar da oposição corroborou isso.
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Discussão de consulta popular.
Nestor Gomez / Portfólio
Ele também criticou o presidente do Senado, Efraín Cepeda, o conservador, por, segundo o presidente Petro, ter "acelerado o encerramento da votação quando estava um voto à frente. Astuto, acreditando que é assim que se faz a história colombiana. É só isso que fazem quando chamam o país à violência".
"Um passo em falso foi dado por parte do Senado e seu presidente. Acredito que é hora de responder, mas precisamos responder com a sabedoria de um povo determinado, que já demonstrou sua maioria, tanto em praça pública quanto nas urnas que realiza", acrescentou o presidente.
Nesse sentido, ele pediu aos cidadãos que "não fiquem em silêncio" e "debatam em assembleia permanente. Peço à Câmara Municipal aberta de Bogotá, lá no Conselho Distrital, na praça, se não os deixarem entrar, que se reúnam as organizações em nível nacional, a Federação de Cooperativas, a Federação Nacional de Ação Comunitária, a Coordenação Nacional Camponesa, com seus milhões de membros registrados, reivindicando terras na Colômbia, os sindicatos, o movimento juvenil, a minga indígena, a diversidade colombiana, as organizações afro (...) para que proponham e todas as câmaras municipais discutam se aprovam ou não as propostas que o próprio movimento popular deve elaborar. Temos algumas, mas cabe ao povo tomar uma decisão" , disse o chefe de Estado.
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