Microsoft dispara nas negociações após o expediente após relatório

A Microsoft, gigante americana de tecnologia, recuperou-se no mercado de ações após o fechamento dos mercados após relatar resultados melhores que o esperado para o segundo trimestre do ano, período em que obteve um aumento de 27% na receita de serviços de nuvem.
O lucro por ação da empresa subiu para US$ 3,65 no trimestre encerrado em 30 de junho, ante US$ 2,95 no ano anterior, superando o consenso da FactSet de US$ 3,37. A receita aumentou 18%, para US$ 76,44 bilhões, superando a previsão de Wall Street de US$ 73,86 bilhões.
"A nuvem e a IA estão impulsionando a transformação empresarial em todos os setores", afirmou Satya Nadella, presidente e CEO da Microsoft, em um comunicado. "Estamos inovando em todo o espectro tecnológico para ajudar os clientes a se adaptarem e crescerem nesta nova era e, neste ano, o Azure ultrapassou US$ 75 bilhões em receita, um aumento de 34%, impulsionado pelo crescimento em todas as cargas de trabalho."
As ações subiram 8% nas negociações após o expediente no mercado Nasdaq na quarta-feira.
A receita de serviços em nuvem aumentou 27%, para US$ 46,7 bilhões, disse a diretora financeira Amy Hood em um comunicado.
As vendas do segmento Nuvem Inteligente aumentaram 26% em relação ao ano anterior, para US$ 29,88 bilhões, impulsionadas por um aumento de 39% na plataforma de computação em nuvem Azure e outros serviços de nuvem.
A divisão de Produtividade e Processos de Negócios viu as vendas aumentarem 16%, para US$ 33,11 bilhões no quarto trimestre, impulsionadas pelos ganhos do 365 e do LinkedIn.
Por sua vez, a unidade de computação mais pessoal aumentou quase 9%, atingindo US$ 13,45 bilhões, graças ao crescimento de dois dígitos nas vendas do Xbox.
Meta excede lucros
A Meta Platforms, maior empresa de mídia social do mundo, superou as expectativas de lucro para o segundo trimestre do ano e ofereceu uma perspectiva melhor do que o esperado para o terceiro trimestre de 2025.
De abril a junho, a Meta registrou lucro por ação de US$ 7,14 sobre receita de US$ 47,5 bilhões. Analistas esperavam lucro de US$ 5,88 (sobre receita de US$ 44,08 bilhões).
A receita do trimestre encerrado em 30 de junho foi de US$ 47,52 bilhões, acima dos US$ 39,07 bilhões do ano anterior.
Em particular, a receita com publicidade aumentou para US$ 46,5 bilhões, em comparação com a previsão de US$ 44,07 bilhões. O segmento Reality Labs da empresa registrou um prejuízo de US$ 4,5 bilhões, em comparação com as expectativas de US$ 4,8 bilhões.
A empresa disse que o número de usuários ativos diários em sua família de aplicativos — Facebook, WhatsApp e Instagram — crescerá 6% ao ano, para 3,48 bilhões até junho de 2025.
A Meta disse que as vendas do terceiro trimestre ficarão na faixa de US$ 47,5 bilhões a US$ 50,5 bilhões, acima das estimativas de Wall Street de US$ 46,14 bilhões.
A empresa também informou que as despesas de capital ficarão entre US$ 66 bilhões e US$ 72 bilhões, elevando o limite inferior da estimativa anterior da empresa, de US$ 64 bilhões e US$ 72 bilhões.
"O principal impulsionador do crescimento serão os custos de infraestrutura, impulsionados por uma forte aceleração no crescimento das despesas de depreciação e maiores custos operacionais à medida que continuamos a expandir nossa frota de infraestrutura", escreveu a CFO da Meta, Susan Li, em um comunicado.
O anúncio dos resultados ocorre em meio a uma onda de gastos e contratações para o desenvolvimento de IA da Meta. A empresa liderada por Mark Zuckerberg investiu US$ 14,3 bilhões na Scale AI em junho, permitindo que Alexandr Wang, CEO da startup de anotação de dados, coliderasse o novo Meta Superintelligence Labs como diretor de IA da empresa.
Nas negociações após o expediente, as ações da Meta subiram pouco mais de 9%, após perderem 0,7% na quarta-feira.
Eleconomista