Explosão nos serviços para multinacionais do México; necessidade de planta obsoleta

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Explosão nos serviços para multinacionais do México; necessidade de planta obsoleta

Explosão nos serviços para multinacionais do México; necessidade de planta obsoleta

Nos últimos anos, o México tornou-se um polo estratégico para empresas multinacionais que buscam estabelecer centros de suporte de serviços e logística, servindo como um hub de suporte para suas sedes e fábricas nas Américas. Assim como os call centers atendem chamadas do mundo todo, esse novo modelo de serviço agora transcende os setores industriais, especialmente o da saúde, o que deve, idealmente, levar a eficiências que promovam produtos mais acessíveis para os pacientes.

É um modelo que reflete uma percepção em evolução do México como um destino de investimento; nos posiciona como um centro de talentos qualificados; diversifica o investimento estrangeiro; e eleva o perfil profissional do mercado de trabalho mexicano.

O investimento estrangeiro no México está associado à abertura de fábricas que dependem fortemente de mão de obra barata. No entanto, esse paradigma está caindo em desuso. A Presidência da República deveria considerar que a exigência de fábricas está se tornando obsoleta. As corporações transnacionais agora reconhecem oportunidades além da produção. Os centros de serviços exigem pessoal altamente qualificado e melhor remunerado. Ao contrário das fábricas, onde a especialização técnica é fundamental (como na produção farmacêutica), esses centros exigem expertise diversificada: tecnologia da informação, sistemas, recursos humanos, finanças, administração e marketing.

Novartis, pioneira neste modelo

A Novartis possui seu Centro de Serviços Corporativos na Cidade do México (NOCCMxC), um dos seis projetados para fornecer soluções de alta qualidade para suas divisões e unidades em todo o mundo. Foi lá que a Novartis iniciou o conceito com serviços financeiros para o México há uma década. Com o tempo, seu sucesso levou à expansão para a América Latina, e hoje o centro oferece suporte ao Canadá e aos Estados Unidos com uma ampla gama de serviços: dados, digital, tecnologia da informação (TIC), compras, automação de manufatura, padronização, infraestrutura, segurança e higiene, marketing digital e até mesmo áreas sensíveis como atendimento ao paciente, soluções médicas e consultoria. Hoje, o NOCCMxC emprega 1.100 das 1.500 pessoas que a Novartis emprega no México, incluindo engenheiros, químicos, médicos, psicólogos, profissionais de marketing e profissionais com bacharelado e doutorado. Embora a maioria seja mexicana, o centro conta com representantes de outras 10 nacionalidades. A Novartis opera 5 centros do mesmo tipo que o que tem no México: 3 na Europa (Dublin, Eslovênia e República Tcheca) e 2 na Ásia (Índia e Kuala Lumpur).

Baxter, outro caso proeminente

A Baxter estabeleceu um centro de inovação tecnológica em Guadalajara com 300 funcionários. A partir dessa sede, a empresa fornece serviços de TIC para as Américas, do Canadá à Argentina, abrangendo desde suporte técnico até inteligência artificial. Oscar Javier Pérez, gerente geral da Baxter no México, descreve este centro como "um maravilhoso Vale do Silício" em Jalisco, onde os funcionários falam várias línguas e trazem uma abordagem inovadora. Inicialmente focado em serviços de suporte para soluções para danos renais, após a cisão da empresa, o centro em Jalisco também foi dividido em dois: um para a Baxter e outro para a Vantive, liderados no México por Larry Vasco, que manteve todos os negócios de soluções renais.

A Baxter também possui centros em Bangladesh (Ásia) e Varsóvia (Polônia) para atender outros mercados. No centro de serviços no México, seus gerentes enfatizam um ambiente único, distante do corporativismo tradicional, com perfis técnicos como engenheiros, programadores e gênios da computação, muitos deles vindos de estados como Chiapas, Veracruz ou do norte do México. Esses funcionários, em sua maioria mexicanos (com apenas 5% de estrangeiros), trabalham de camiseta e tênis, frequentemente em regime de teletrabalho, refletindo uma cultura de trabalho moderna e especializada.

Bayer e seu centro logístico internacional

A Bayer, por sua vez, em sua fábrica fortalecida de Lerma, onde emprega 650 pessoas, começou a formar uma equipe especializada em logística para apoiar as operações nos Estados Unidos, com planos de expansão para o sul do continente. Esse grupo busca melhorar a eficiência de outras unidades, alavancando talentos locais.

As três empresas elogiam as habilidades dos profissionais mexicanos, destacando sua versatilidade em TIC, recursos humanos, finanças e marketing. Os executivos da Bayer observaram que, diferentemente dos Estados Unidos, onde não possuíam a expertise necessária para uma unidade logística especializada, o México oferece profissionais com profundo conhecimento industrial, ideais para apoiar as operações regionais. A Novartis, por exemplo, replicou com sucesso estratégias de marketing desenvolvidas no México em outros mercados, consolidando a relevância dos talentos locais.

Este modelo inovador demonstra que o México atrai investimentos no setor da saúde não apenas por sua capacidade produtiva, mas também por seu talento humano e seu potencial como centro de serviços de alto valor. À medida que as corporações transnacionais diversificam suas estratégias, o país se posiciona como um ator-chave na economia global, impulsionado por uma força de trabalho adaptada às demandas do século XXI.

O IMSS Bienestar não recebe suprimentos de fornecedores

Agora que o Dr. Alejandro Svarch, juntamente com a Presidente Claudia Sheinbaum, estão inaugurando hospitais todos os fins de semana, seria bom que eles descobrissem como garantir uma solução para a escassez interminável, porque, caso contrário, nem os hospitais que estão inaugurando nem quaisquer outros poderão funcionar adequadamente. Somos informados de que os armazéns do IMSS Bienestar não estão recebendo suprimentos dos fornecedores por três motivos: 1. Porque não têm uma plataforma que lhes permita operar com estrutura e controle; 2. Porque seus armazéns têm horários limitados para receber suprimentos; e 3. Porque suas redes de armazenamento refrigerado estão congestionadas.

Que AMLO deixou dinheiro para pagar empresas farmacêuticas

A propósito, recebemos uma versão de que o governo anterior cedeu os fundos para pagar a dívida deixada pela Insabi ao IMSS Bienestar com os fornecedores, mas a nova administração, liderada pelo Dr. Svarch, não deu a devida importância. Ninguém a pressionou, e deixou passar meses sem pagar as empresas. Assim, ao final do ano, o Tesouro Federal recuperou os bilhões de pesos para outros itens, pois precisavam ser gastos. Os fornecedores (nomeadamente, membros da Canifarma, Amelaf, Anafam e AMIIF), preocupados e ocupados com a próxima compra organizada por Eduardo Clark — já que trabalharam até no Natal e no Ano Novo — ficaram com a responsabilidade na mão e agora continuam implorando para serem pagos. O problema são as PMEs que não conseguem sobreviver financiando seus credores públicos, e muitas faliram ao longo do caminho.

A Birmex não tem data para resolver a compra.

E agora que a Birmex declarou nula sua mais recente licitação para serviços de logística e distribuição de medicamentos e suprimentos médicos, citando graves falhas técnicas das principais empresas participantes, fica claro que elas não têm urgência em acabar com a crise de abastecimento enquanto pacientes e profissionais médicos continuam sofrendo com a escassez. Soubemos que a estratégia deste governo é finalmente deixar de lado a Traxion, liderada por Rodolfo Mercado, que, se bem nos lembramos, era o queridinho do governo anterior. A Birmex, então liderada pelo General Jens Pedro Lohmann, forneceu-lhe a operação logística para a compra de medicamentos por anos, embora lhe faltasse experiência especializada em logística de suprimentos médicos. De fato, a Traxion teve que comprar a Medistik para se apresentar como especialista. Depois de ganhar bilhões de pesos com o primeiro andar do 4T, agora eles estão indo para o sul.

Eleconomista

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