Analistas reduzem previsão de crescimento para este ano: aqui estão os motivos

A economia do país está passando por um período de desaceleração e pouco progresso.
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A Pesquisa de Opinião Financeira (EOF) de julho da Fedesarrollo entre analistas de diversas instituições mostrou que eles reduziram suas expectativas de crescimento econômico neste ano de 2,6% para 2,5%, em linha com a amostra do mês anterior, e também esperavam um ligeiro aumento na inflação.
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Em julho, a previsão de crescimento econômico para 2025 variou de 2,4% a 2,6%, com 2,5% como resposta mediana (abaixo dos 2,6% da edição de junho), disse o EOF.
A mediana para 2026 foi de 2,9%, variando de 2,7% a 3,0%. As expectativas de crescimento para o segundo trimestre de 2025 variaram de 2,1% a 2,5%, com a mediana de resposta em 2,4% (permanecendo estável em relação à edição de junho). A previsão de crescimento para o terceiro trimestre de 2025 era de 2,6%.
Em junho, a inflação anual ficou em 4,82%, abaixo das previsões dos analistas de 4,91%. No fechamento do mercado de trabalho de julho, os analistas estimam que a inflação atingirá 4,8%, em uma faixa entre 4,77% e 4,83%.Analistas preveem que a inflação fechará em 4,79% em dezembro (acima dos 4,78% da edição de junho), então as expectativas do mercado permanecem fora da meta do Banco da República (entre 2% e 4%) para 2025.

Finanças e crescimento econômico.
Imagem gerada com Inteligência Artificial - ChatGPT
Em junho de 2025, o Conselho de Administração do Banco da República decidiu manter a taxa de intervenção monetária inalterada em 9,25%. A próxima reunião para decidir sobre a taxa será em 31 de julho.
Para julho e outubro, os analistas esperam que a taxa básica de juros seja de 9% e 8,5% , respectivamente. Eles também preveem que a taxa básica de juros atingirá 8,5% em dezembro de 2025 (permanecendo estável em relação ao mês anterior).
No mercado de câmbio, cabe destacar que em junho a taxa de câmbio fechou em US$ 4.070, com uma valorização mensal de 1,9%, atingindo o valor máximo do mês em 12 de junho (US$ 4.191) e o valor mínimo em 27 de junho (US$ 4.043).
O valor observado foi US$ 125 menor do que a previsão da pesquisa de junho (US$ 4,195). Em julho, analistas consultados pelo EOF estimaram que a taxa de câmbio oscilaria entre US$ 4,002 e US$ 4,053, com US$ 4,025 como mediana.
Em dezembro de 2025, os analistas esperam uma taxa de câmbio de US$ 4,190, abaixo da previsão do mês anterior de US$ 4,290.
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Taxas de juros
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Em julho, a política fiscal emergiu como o fator mais importante para o investimento, escolhido por 63% dos analistas (contra 60,9% no mês anterior). As condições sociopolíticas ficaram em segundo lugar, com 18,5% dos entrevistados (contra 26,1% no mês anterior). Em seguida, vieram fatores externos e política monetária, com 14,8% e 3,7% (contra 8,7% e 0%, respectivamente, no mês anterior). As condições de segurança caíram de 4,4% para 0%, e o crescimento econômico permaneceu em 0%.
Em comparação com junho, os gestores de portfólio aumentaram sua preferência por seis dos 12 ativos analisados na pesquisa, incluindo títulos do Tesouro prefixado, ações locais, dívida privada prefixada, títulos estrangeiros, ações internacionais e títulos do Tesouro indexados à UVR. Por outro lado, houve uma redução na preferência por dívida privada indexada ao IBR , fundos de private equity, dinheiro, commodities, dívida privada indexada ao DTF e dívida privada indexada ao IPC.
A EOF entrevistou analistas sobre as três ações que consideravam mais atraentes entre as que compõem o Índice MSCI Colcap. Em julho, as ações preferenciais do Grupo Cibest e as ações ordinárias do Grupo Sura foram as preferidas dos analistas, ambas selecionadas por 41,7% dos analistas. Em seguida, vieram as ações preferenciais da Davivienda, as ações ordinárias do Grupo Cibest e as ações do Grupo Energía de Bogotá.
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HOLMAN RODRÍGUEZ MARTÍNEZ, jornalista de portfólio
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