A CNMV aguardará a decisão do Governo sobre a concorrência para aprovar a OPA do BBVA
A Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) acrescentou uma nuance à gestão dos prazos da OPA do BBVA sobre o Banc Sabadell. Segundo seu presidente, Carlos San Basilio, ele aguardará não apenas a decisão da Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC), mas também a possível intervenção do Governo na chamada terceira fase do processo concorrencial.
Na apresentação do plano de atividades do supervisor para 2025, San Basilio especificou que ainda é preciso saber se o processo entra ou não nesta terceira fase. De qualquer forma, o objetivo da CNMV é aprovar a OPA "o mais rápido possível".
A CNMC pode aprovar a operação de concentração sem condições, impor algumas delas ou rejeitá-la. No segundo e terceiro casos, o Conselho de Ministros poderia intervir para confirmar a decisão ou impor novos compromissos. A expectativa é que a Autoridade da Concorrência aceite a proposta apresentada pelo BBVA, incluindo o endurecimento de algumas medidas.
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Em novembro, a CNMC decidiu analisar a operação em sua segunda fase. Como parte do processo, o prazo para impugnações terminou na semana passada e a partir de agora a Secretaria de Concorrência deverá realizar o teste de mercado e elaborar o relatório a ser submetido ao Tribunal, para homologação da decisão final. A previsão é que seja anunciado entre o final de março e o início de abril.
Em seu novo plano de atividades, a CNMV criará um departamento de proteção ao investidor de varejo e revisará seus procedimentos internos para simplificar os processos.
Um “aumento significativo” na remuneração de SabadellPor outro lado, a agência de recomendação de votos para assembleias de acionistas ISS publicou um relatório sobre a próxima reunião de Sabadell, no qual recomenda votar contra a remuneração do conselho.
O relatório, ao qual La Vanguardia teve acesso, considera que o “aumento significativo” da remuneração “não é acompanhado de justificação suficiente”.
A remuneração fixa do CEO, César González-Bueno, aumentará em mais de 20%, para dois milhões de euros, além de um aumento de 17% na remuneração variável. Estaria no 71º percentil internacionalmente e no 75º percentil no mercado doméstico.
Outro ponto com o qual o ISS discorda é aquele que estabelece uma limitação para que diretores independentes do Sabadell trabalhem para outras instituições financeiras ou seguradoras da UE nas regiões em que o banco opera.
É uma medida que “não parece justificada” e parece “excessivamente restritiva”, a ponto de “poder desencorajar alguns diretores independentes de servir Sabadell”, afirma.
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