Santa Fé, imponente! Millonarios, impotente! O leão rugiu e o tigre Falcão rosnou (Meluk lhe diz, opinião)

Há jogos que são história. Alguns que curam cicatrizes, outros que as reabrem. O triunfo do Santa Fe na noite passada, em Bogotá, sobre o seu eterno rival, o Millonarios, para se classificar para a final da Liga, tem ambos e é memorável. O clássico clássico, aquela partida gravada na alma e no coração.
Mas desta vez, o roteiro foi diferente. Desta vez, aquele que chorou anos atrás, na final de 2017, está rindo sem parar hoje. Hoje, ele ruge sem parar.
O Santa Fé atacou primeiro e rápido; o Millonarios não se levantou. O início da história foi chegar à final. Hugo Rodallega, o capitão artilheiro, aquela pantera que é um leão, ganhou o cara ou coroa e, sem hesitar, disse ao árbitro: "Bola!". Ele tinha isso claro desde o café da manhã, desde o momento em que entrou no ônibus, desde o momento em que amarrou as chuteiras, desde o momento em que a moeda estava no ar. E o Santa Fe arriscou e chutou a bola para longe. Andrés Llinás e Daniel Torres tentaram a cabeçada como no último Clássico, mas desta vez sem falta do jogador de azul. O rebote foi vermelho. A bola era vermelha, e eles a carregaram pela esquerda e a tocaram até conseguirem um escanteio.
A mesma bola que Rodallega certamente havia pedido, então voou para a área. Após o afastamento, sobrou para Millonarios pela primeira vez, para Arévalo na entrada da área. Mas Daniel Torres, como um cão de caça... desculpe, como o leão furioso que ele é!, foi em busca da bola que seu capitão havia pedido e a roubou do adversário. Mosquera cruzou, e Rodallega marcou o gol que havia pedido apenas um minuto e meio antes e depois gritou com ele dois minutos depois que o VAR validou sua posição legal.

Santa Fe comemora após chegar à final da Liga 2025-I . Foto: Nestor Gómez. O TIEMPO
Em um minuto e meio, o Santa Fé já era finalista. Um status que logo reafirmou, aos 9 minutos, devido à sua sede... de glória! Desta vez, foi Stiven Vega quem sentiu a mordida no pescoço: Murillo, outro leão feroz, lhe roubou a bola. Rodallega lançou longo, e o próprio Murillo fez o 0-2, garantindo a partida, a vitória e a classificação para a final.
Depois, era tática e comprometimento. Esperar e suar. Cobrir os espaços e apoiar o companheiro de equipe. Era tudo uma questão de ir atrás de cada bola que o adversário tinha. Manter a mente afiada e o coração batendo mil vezes por segundo. O Santa Fé era um grupo intenso que pressionava, buscava duelos e os vencia. Depois, recuavam, agachados e esperando, e a cada contra-ataque, criavam perigo real.

Santa Fe comemora após chegar à final da Liga 2025-I . Foto: Nestor Gómez. O TIEMPO
Millos, atordoado, sobrecarregado e completamente superado, também sofreu porque seu volante, Ruiz, saiu chorando com uma distensão na coxa após quinze minutos.
O jogo foi disputado em dois ritmos. O Santa Fé jogava a todo vapor, com todo o coração e pulmões. O Millonarios jogava muito devagar, sem ideias, nervoso, em ritmo e intensidade mais lentos, tentando, sem muita vontade, marcar gols antes do intervalo.
O segundo tempo foi mais do mesmo, com o Santa Fé recuando para pressionar. O Millonarios entrou em um ataque frenético e apressado, com chutes bloqueados por Olivera, Daniel Torres e Moreno, todos buscando a cabeça de Falcao ou Giordana, que entrou em campo no segundo tempo.

Falcao García contra Santa Fé. Foto: Nestor Gómez. O TIEMPO
E os chutes azuis vieram, e o enorme goleiro Mosquera Marmolejo os defendeu. E os contra-ataques vermelhos voaram, e o ar se encheu de mais rugidos de um gol cardinal.
No final, na última jogada da partida, Falcao marcou um gol de honra, para fazer 1 a 2 para o leão que já havia engolido o time do Tigre, o triste Tigre que não pôde ser campeão e acabou rosnando obscenidades na coletiva de imprensa contra os árbitros e o VAR pelo que ele diz ter sido “um roubo” contra o Millonarios pelos dois gols do Santa Fe, pelos pênaltis que não foram marcados em Manizales e pela “estupidez de dizer que iam dar a Liga para o Falcao”, como ele disse furioso, impotente e derrotado.
O Millonarios está mais uma vez de mãos vazias, confiando apenas em si mesmo. Em seis meses, seus dois arquirrivais o eliminaram da final. O Nacional, na LaLiga da temporada passada. Agora, o Santa Fe engoliu tudo. Gamero e González estão no mesmo barco, e a história é a mesma de sempre.

Santa Fe comemora após chegar à final da Liga 2025-I . Foto: Nestor Gómez. O TIEMPO
Assim como Rodallega deixou claro que o início da final era exigir a bola desde o início para marcar gols rápidos, como aconteceu, também está claro que há partidas, como a desta quinta-feira, que já são história.
A vitória do Santa Fé por 2 a 1 sobre seus maiores rivais para se classificar para a final da Liga deixa novas cicatrizes e memórias para o início da final contra o DIM na próxima semana.
Mais notícias esportivaseltiempo