Incidentes graves no clássico turco: torcedores do Fenerbahçe atiram sinalizadores em torcedores do Galatasaray
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O clássico do futebol turco entre Galatasaray e Fenerbahçe costuma ser um dos mais difíceis de controlar. Esta segunda-feira não foi exceção: o jogo, que terminou 0-0, teve de ser interrompido durante alguns minutos devido a incidentes nas bancadas.
O Galatasaray, que teve o colombiano Dávinson Sánchez como titular durante toda a partida e seu compatriota Carlos Cuesta no banco, seguirá na liderança da tabela do Campeonato Turco apesar do empate em casa com o Fenerbahçe, comandado pelo português José Mourinho.
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Números de Dávinson Sánchez na partida contra o Fenerbahçe. Foto: Sofascore
Foi um jogo ruim. Nem o time da casa nem os visitantes conseguiram criar oportunidades claras de gol no clássico de Istambul, que foi apitado por um árbitro estrangeiro, o esloveno Slavko Vincic, algo que não acontecia há 55 anos. Isso se deve às acusações do técnico do Fenerbahçe, o português José Mourinho, de que houve favoritismo em relação ao rival.
Vincic, que apitou a final da Liga dos Campeões do ano passado entre Real Madrid e Borussia Dortmund, anulou um gol de Oguz Aydin para o Fenerbahçe aos 14 minutos por uma falta no goleiro uruguaio Fernando Muslera.
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Slavko Vincic (centro) foi o árbitro do clássico entre Galatasaray e Fenerbahçe. Foto: AFP
O goleiro do Galatasaray perdeu a bola dentro da área após choque com o meio-campista polonês Sebastian Szymanski ao tentar afastar uma bola perdida.
Não foi a única ação que testou o árbitro esloveno, que aos 33 minutos e após consultar o VAR decidiu não marcar pênalti por queda do atacante nigeriano do Galatasaray, Victor Oshimen, na área dos visitantes.
Essas foram as duas ações mais marcantes de um primeiro tempo em que nem Galatasaray nem Fenerbahçe conseguiram incomodar o gol rival, um cenário sombrio que melhorou um pouco no segundo tempo, em que os visitantes tiveram uma boa chance de garantir a vitória com um cabeceio do ganês Alexander Djiku aos 67 minutos.
Muslera, numa ação cheia de reflexos, evitou que o cabeceio do defesa visitante terminasse em golo, o que permitiu ao
O Galatasaray conseguiu um empate por 0 a 0 que mantém os comandados de Okan Buruk na liderança da tabela, com seis pontos de vantagem sobre o segundo colocado Fenerbahçe.
Assim foram os incidentes nas arquibancadas No entanto, apesar da nomeação de um juiz estrangeiro e da operação de 30.000 policiais para tentar controlar os torcedores, o jogo teve que ser suspenso por alguns minutos devido a incidentes.
Torcedores do Fenerbahçe localizados no segundo andar do estádio Rams Park, em Istambul, decidiram atirar sinalizadores em direção ao primeiro andar, onde estavam os torcedores do Galatasaray. A partida teve que ser suspensa por vários minutos por causa disso.
No final da partida, a polícia teve que mobilizar centenas de agentes para evitar confrontos entre os torcedores dos dois times.
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A polícia teve que ser mobilizada para evitar tumultos entre torcedores do Galatasaray e do Fenerbahçe. Foto: AFP
Como se não houvesse polêmica suficiente, o Galatasaray anunciou nas redes sociais que tomará medidas legais contra Mourinho, acusando-o de fazer declarações que consideram racistas.
"Desde que assumiu como técnico na Turquia, o técnico do Fenerbahçe, José Mourinho, tem feito constantemente declarações depreciativas contra o povo turco. Hoje, seu discurso passou de meros comentários imorais para uma retórica inequivocamente desumana", disse o Galatasaray em um comunicado.
"Declaramos formalmente nossa intenção de iniciar procedimentos criminais em relação às declarações racistas feitas por José Mourinho e apresentaremos queixas oficiais de acordo com a UEFA e a FIFA. Além disso, observaremos diligentemente a postura tomada pelo Fenerbahçe, uma instituição que alega defender 'valores morais exemplares', em resposta à conduta repreensível exibida por seu treinador", acrescentou.
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