Viva livre!: O clamor pelas touradas no México chega à Espanha no Dia do Morante em Madri.

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Viva livre!: O clamor pelas touradas no México chega à Espanha no Dia do Morante em Madri.

Viva livre!: O clamor pelas touradas no México chega à Espanha no Dia do Morante em Madri.

Com os touros de Juan Pedro nos currais, prontos para entrar na arena em uma Beneficência tão aguardada, o cenário taurino mexicano, que Morante conhece tão bem (quem não se lembra da estreia estratosférica do maestro na tourada Monumental de 2016, vestido de lilás e azeviche?), rebelava-se contra as proibições que sofre em seu país. Já vimos as consequências terríveis que os políticos podem ter sobre o festival em países tão importantes quanto a Colômbia.

"As Américas seriam incompreensíveis sem a Espanha e sem as touradas ", explicou Juan Antonio Hernández, jornalista mexicano. A Espanha trouxe religião e cultura, incluindo uma festa tão arraigada que, no próximo ano, marcará o 500º aniversário da primeira tourada (registrada em uma carta de Hernán Cortés, "o primeiro aficionado em terras mexicanas", como Hernández o chamou). Isso foi no dia de São João, em 1526, cinco anos antes da Virgem de Guadalupe aparecer a Juan Diego.

Como não havia touros nas Américas, eles tiveram que ser trazidos da Pátria, criando assim a primeira fazenda de touros de lide da época: a fazenda Atenco, localizada no Vale de Toluca. A primeira fazenda espanhola foi a Raso de Portillo, estabelecida como haras alguns séculos depois.

Portanto, o México não poderia estar mais historicamente conectado às touradas, e seu povo sente isso. "O ataque às touradas, ao contrário de outros países, é puramente político", explicou Jorge Espinosa de los Monteros. Tudo começou com López Obrador, que, embora não fosse contra as touradas, defendia a ideia de dividir a população, e essa questão estava em parte em jogo, também devido à sua política pró-indígena. O governo atual está em pior situação, impondo leis por decreto, muito distante do que a maioria social deseja.

Os irmãos Adame protestaram contra essa proibição que fere as liberdades. "Com a insegurança que se cria, é inacreditável que eles estejam apenas tentando proibir as touradas, em vez de garantir a segurança dos cidadãos, a maioria dos quais são grandes fãs de touradas", disse Luis David. O certo é que o México não deixará a luta ser vencida. Temos Isaac Fonseca, Diego San Román, Joselito, Luis David e Alejandro Adame, ou o toureiro Emiliano Osornio (que adoraríamos ver nos cartazes) triunfando na Espanha, enquanto defendem as touradas em seu próprio país.

Também é verdade que Morante, favorito do festival Embudo de Insurgentes por mérito próprio, voltará a ouvir "Las golondrinas" enquanto cria mais uma obra de arte. Mas antes disso, esperemos que possa dar outra masterclass no Monumental de Ventas, durante a Corrida da Beneficência, onde dividirá o palco com os vencedores do San Isidro do ano passado: Fernando Adrián e Borja Jiménez.

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