Na Rádio Aconcagua, a campanha para o Dia Mundial do AVC.

Em comemoração ao Dia Mundial do AVC , a equipe do Hospital Central de Mendoza realizou um evento de conscientização na Plaza España , onde montou um estande interativo e um relógio de contagem regressiva. A iniciativa teve como objetivo destacar uma mensagem fundamental: cada minuto conta quando se trata de um AVC.
Nosso repórter Emilio Medina conversou com o Dr. Santiago Pigretti, neurologista e coordenador da Unidade de AVC do Hospital Central, que enfatizou que esta data é uma oportunidade para levar informações à comunidade e promover uma reação rápida aos primeiros sinais de alerta.
“Hoje é um dia muito importante para a conscientização. Tanto as sociedades médicas quanto os profissionais estão se mobilizando junto ao público para explicar os sintomas de uma doença muito comum, na qual vizinhos, amigos ou parentes desempenham um papel fundamental na cadeia de cuidados”, explicou Pigretti.
Segundo dados do Ministério da Saúde de Mendoza, são registrados aproximadamente 2.000 AVCs anualmente na província. Em âmbito nacional, as estimativas apontam para entre 50.000 e 60.000 casos por ano, o que faz do AVC uma das principais causas de incapacidade e morte em adultos.
O especialista explicou que os sintomas podem variar dependendo da área do cérebro afetada, mas existem sinais que devem soar um alarme imediato.
“Se uma pessoa de repente começa a apresentar queda facial para um lado, dificuldade para levantar um braço ou uma perna, ou problemas para falar — seja porque não consegue articular as palavras ou porque não consegue pronunciá-las — isso pode ser um sintoma de AVC. O importante é que acontece repentinamente: passar de estar bem para não estar bem em questão de segundos”, explicou ele.
Ele insistiu que qualquer um desses sinais deveria ser verificado rapidamente.
Tempo é cérebroUm dos temas centrais do dia foi enfatizar a importância do tempo de reação. Nas palavras do Dr. Pigretti:
“O tempo é essencial. Estima-se que, a cada minuto em que o sangue não chega ao cérebro, dois milhões de neurônios morrem. É um número enorme. Os tratamentos disponíveis hoje são eficazes, mas seu sucesso depende do atendimento imediato. Quanto mais cedo pudermos tratar o paciente, menor será o dano cerebral e menor o risco de morte.”
Portanto, as estratégias atuais estão focadas não apenas em melhorar os tratamentos, mas também em reduzir o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento médico.
Avanços na medicina e desafios futurosO neurologista destacou que nas últimas décadas houve um grande progresso no tratamento do AVC, tanto no diagnóstico quanto nas possibilidades terapêuticas.
“Há 25 anos, não tínhamos as ferramentas que temos hoje. Os tratamentos de revascularização, os procedimentos hemodinâmicos e a organização de sistemas especializados permitiram-nos reduzir o impacto e os efeitos a longo prazo. Mas o maior desafio continua a ser a demora: a principal razão pela qual um paciente não tem acesso ao tratamento é que chega ao hospital demasiado tarde”, enfatizou.
O Dr. Pigretti também observou que entre 2% e 3% da população com mais de 40 anos convive com as sequelas de um AVC, o que torna a prevenção e a educação em saúde pilares fundamentais das políticas de saúde pública.
O evento na Plaza España terminou com a participação de profissionais e moradores locais que vieram aprender sobre técnicas de detecção precoce. Um gesto simbólico — um relógio de contagem regressiva — serviu como lembrete da mensagem que busca impactar o público: em caso de AVC, cada minuto pode salvar uma vida.
Ouça a entrevista completa aqui e você pode ouvir a rádio ao vivo em www.aconcaguaradio.com
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