Jovens marcham na Cidade do México contra a violência; a polícia os impede de chegar ao Zócalo.

CIDADE DO MÉXICO (apro) – Jovens de diferentes grupos e reivindicações sociais, alguns pró-Palestina e outros exigindo uma semana de trabalho de 40 horas, marcharam no centro da Cidade do México contra a violência e a favor da paz no país; eles pretendiam chegar ao Zócalo, mas dezenas de policiais os impediram de passar.
A mobilização ocorreu uma semana após o assassinato de Carlos Manzo, prefeito de Uruapan, Michoacán, que repercutiu até a Presidência da República.
Vários participantes carregavam cartazes e bandeiras para condenar o crime, que se soma aos recentes assassinatos de diversos funcionários de diferentes entidades e partidos políticos. "Nascido para ser um herói, morreu para se tornar história. Carlos Manzo", dizia um dos cartazes.
Marcha da #GeraçãoZ no Paseo de la Reforma, #CDMX .
Eles entoam cânticos a favor da #Palestina , da #AutodeterminaçãoDosPovos , do #RespeitoÀsComunidadesETerritories e contra #Morena e o #4T . #Notícias #México pic.twitter.com/ac60QrwY3b
— Janeth León M (@janethleontv) 8 de novembro de 2025
O ponto de partida da marcha foi o Anjo da Independência, com a intenção de chegar ao Palácio Nacional, conforme declarado nos apelos feitos, principalmente nas redes sociais: "Mobilização nacional contra a violência do capital, do narcotráfico e do Estado, que são a mesma coisa."
Algumas das convocações afirmavam que esta marcha seria “Contra a crise de segurança no México!” e pediam aos participantes que trouxessem bandeiras inspiradas na série de anime “One Piece”, como símbolo de liberdade, resistência, luta contra a corrupção e reivindicação de justiça social.
Nessas declarações, eles se distanciaram da marcha convocada "pela direita" para o próximo sábado, 15 de novembro, para a qual também foram feitas referências à série animada.
Diversas demandasA manifestação deste sábado, dia 8, começou por volta das 10h da manhã, quando jovens começaram a chegar com suas diversas reivindicações: rejeição ao capitalismo, oposição a Israel e aos Estados Unidos, direito à moradia, fim da violência feminista, entre outras.
"Ianques fora da América Latina!", "Sionistas fora da Palestina!", "Eu não quero uma Copa do Mundo, eu só quero paz!" e "Nem mais uma, nem mais uma, nem mais uma mulher assassinada!", eles gritavam.
Alguns participantes exibiram suas reivindicações em faixas e cartazes: “Parem com os assassinatos de ativistas e jornalistas… parem com o recrutamento de menores pelo crime organizado… exijam respeito ao direito a uma vida digna.”
Alguns usavam capuzes. Outros estavam com os rostos descobertos e seguravam cartazes com os dizeres "Eu uso a minha voz, eles usam o gatilho!".
Quando os manifestantes chegaram ao Eje Central, mais de 100 policiais do SSC, com capacetes e equipamento antimotim, os cercaram e os impediram de continuar seu trajeto até o Zócalo.
Em seguida, alguns dos organizadores leram uma declaração: "Hoje não estamos aqui para confrontar esses miseráveis. Não estamos aqui para gerar mais violência, porque não somos como o governo, não somos como esse sistema de poder que nos oprime. Viemos por uma causa que diz respeito a todos nós."
Alguns participantes continuaram o protesto no local com slogans como: "Morena disse que tudo ia mudar. Mentira, mentira, a mesma ladainha de sempre!"
Sem incidentes relatados, 300 manifestantes: Governo da Cidade do MéxicoPor volta das 17h, o governo da Cidade do México e as secretarias de segurança pública informaram que aproximadamente 300 pessoas participaram do evento e que não houve feridos.
Em um cartão informativo, acrescentaram que, como forma de apoio, foram destacados 200 agentes uniformizados da Polícia Metropolitana e do Controle de Trânsito, bem como pessoal da Subsecretaria de Coordenação Política, Prevenção e Boa Governança e da Direção-Geral do Governo, para “manter o diálogo com os participantes, prevenir conflitos e garantir o desenvolvimento ordenado do dia”.
As autoridades acrescentaram que, em um ponto do percurso - que não especificaram - "um pequeno grupo de pessoas fez grafites em mobiliário urbano, sem que ocorressem incidentes graves".
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