Espanha tem a pior qualidade de aposentadoria da UE, diz estudo

A Espanha é há muito tempo um destino de aposentadoria popular para estrangeiros, mas é o pior país da UE para se aposentar, concluiu um novo relatório.

A Espanha ficou recentemente em 39º lugar em um ranking mundial que comparou 44 países, mas continua sendo a pior da UE, o terceiro ano consecutivo em que a Espanha ficou na última posição do índice europeu, de acordo com dados do Global Retirement Index 2025 (GRI) da Natixis Investment Managers.

Isso contrasta com a maioria dos rankings que classificam a Espanha como um bom lugar para se aposentar, especialmente para os chamados "expatriados".

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A análise da Natixis leva em consideração uma ampla gama de fatores importantes para desfrutar de uma aposentadoria saudável e segura. Além de finanças e pensões, ela considera o acesso e o custo dos cuidados de saúde, o clima, a governança e o bem-estar geral da população.

A Espanha permanece em 39º lugar entre 44, com uma pontuação de 48/100, à frente apenas de Brasil, China, Turquia, Colômbia e Índia, e atrás de Rússia e México.

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Apesar de estar na parte inferior do ranking, a Espanha mostrou melhora neste ano em alguns indicadores, como na categoria saúde, onde subiu uma posição para o quinto lugar na categoria expectativa de vida, com uma pontuação de 94%.

O INE, órgão nacional de estatísticas da Espanha, prevê que a expectativa de vida continue aumentando no país. A expectativa de vida ao nascer pode chegar a 86,0 anos para homens e 90,0 para mulheres até 2071, aumentos de 5,8 e 4,2 anos em comparação com os valores atuais de expectativa de vida.

Modelos demográficos preveem que a Espanha ultrapassará o Japão como o país com a maior expectativa de vida média até 2040.

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No entanto, problemas estruturais mais amplos na economia parecem estar reduzindo as pontuações de aposentadoria.

"Os resultados do GRI 2025 são um lembrete dos desafios que a Espanha enfrenta há anos em termos de emprego e produtividade, que continuam a pesar na nossa posição no ranking. Ao mesmo tempo, a solidez do nosso sistema de saúde e a elevada esperança de vida são ativos que devemos preservar e que refletem aspetos muito positivos da nossa sociedade", afirmou Javier García de Vinuesa, responsável pela Natixis Investment Managers para a região Ibérica.

As pontuações da Espanha também caíram em dependência de idosos e empréstimos bancários inadimplentes. No entanto, o principal fator negativo continuou sendo o alto desemprego, um indicador em que a Espanha voltou a ficar na parte inferior do ranking e que pressiona a pontuação geral.

Uma pensão não contributiva na Espanha para aqueles que não trabalharam o suficiente para se qualificar para uma pensão regular é de € 564 por mês, em média, dividida em 14 pagamentos por ano.

A Noruega liderou o índice este ano com uma pontuação geral de 83%, desbancando a líder do ano passado, a Suíça (81%), que agora ocupa o terceiro lugar, atrás da Irlanda (82%).

A Dinamarca deu o maior salto para o top 10, subindo do nono para o quinto lugar, e a Eslovênia entrou no top 10 pela primeira vez.

A imprensa espanhola notou que, de acordo com a própria metodologia do índice, os países menores têm vantagem em termos de classificação de aposentadoria. A Alemanha, que ficou em 8º lugar no ranking, foi o único país grande e desenvolvido a entrar no top 10.

Em uma classificação mais restrita de grandes países desenvolvidos, a Espanha ficou em décimo lugar, atrás da Alemanha, Reino Unido, Canadá, EUA, Coreia do Sul, Japão, França, Polônia e Itália.

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