Eles impedem a cumplicidade com o “dinheiro sujo”

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Eles impedem a cumplicidade com o “dinheiro sujo”

Eles impedem a cumplicidade com o “dinheiro sujo”

O México não será um paraíso para o crime organizado nem cúmplice de dinheiro sujo, pois haverá mecanismos mais eficazes para combater a lavagem de dinheiro, fechando as brechas legais que serviam para "beneficiar pessoas que causam danos ao país". Agora, o governo do Senado busca desmantelar as redes que financiam o crime organizado, incluindo campanhas eleitorais, alertou o partido governista.

Ontem, com 23 votos a favor e seis abstenções, as comissões mistas do Senado aprovaram a reforma da Lei Federal de Prevenção e Identificação de Operações com Recursos Ilícitos. Essa reforma, que pela primeira vez inclui o monitoramento de parlamentares, juízes, promotores, policiais, vereadores, secretários de Estado e todos os tipos de servidores públicos nos três níveis de governo e nos três poderes, incluindo órgãos autônomos, que serão considerados "pessoas politicamente expostas".

Mas, embora apoiem o aprimoramento do mecanismo de combate à lavagem de dinheiro, senadores da oposição alertaram que a redação do projeto de lei abre portas para violações de direitos humanos, proteção de dados pessoais, sigilo bancário e presunção de inocência para toda a população. A deputada do PRI Carolina Viggiano chegou a considerar que conceder à UIF o poder de investigar todos os cidadãos, deixando-os vulneráveis ​​às autoridades, a transforma em "uma delegacia stalinista".

Ontem, pela primeira vez em sete anos, as comissões analisaram uma mudança na decisão, proposta pelo deputado do Morena, Manuel Huerta. A decisão surpreendente deixou a oposição impossibilitada de propor mudanças, visto que não as havia apresentado prontas. Nos últimos sete anos, o Morena impôs uma política de que as mudanças são feitas apenas em sessões plenárias, e não em comissões, apesar do regulamento interno estabelecer que as comissões podem fazer quaisquer modificações que sejam aceitas.

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Manuel Huerta explicou que “agir com firmeza é uma decisão de soberania, porque tolerar a lavagem de dinheiro nos faz perder estabilidade e soberania. Do Senado, nosso voto a favor expressa uma convicção inegociável. Dinheiro sujo não pode continuar financiando campanhas, empresas ou estruturas de poder. O povo nos elegeu para desmantelar este regime de corrupção e privilégios ocultos e construir um país onde a lei se aplique a todos, sem exceção”.

Ele enfatizou que "esta não é apenas uma lei técnica. É uma decisão política e profundamente humanística. Ela rompe as redes de cumplicidade que permitiram ao crime organizado lavar dinheiro no sistema financeiro e em trustes disfarçados de legais. Em obras de arte que ocultaram transações multimilionárias e em operações que durante anos gozaram da proteção de setores e indivíduos privilegiados do antigo regime."

Lizeth Sánchez, do Partido dos Trabalhadores (PT), afirmou que "não se trata apenas de harmonização legislativa; trata-se de defender o que mais valorizamos como nação: a transparência de nossas instituições, a estabilidade de nossa economia e a certeza de que o México não será um refúgio para o crime organizado nem cúmplice de dinheiro sujo".

E Waldo Fernández, do Partido Verde, explicou que "esta lei reduz as brechas legais que antes eram consideradas impossíveis, devido a práticas burocráticas internas ou mesmo entre diferentes níveis de poder. O que estamos fazendo aqui hoje é vital: estamos fechando essas brechas legais que só serviam, e digo isso com toda a responsabilidade, às pessoas que prejudicam o país."

Mas Alejandra Barrales, do Movimiento Ciudadano, alertou que há projetos tão gerais que colocam os cidadãos em risco, e os critérios ficam a critério do Departamento do Tesouro, em vez de serem incorporados à lei.

Carolina Viggiano alertou que não pode apoiar a decisão porque "esta lei faz parte de um conjunto de cinco leis que visam claramente criar um sistema de vigilância cidadã. Entre elas, a Lei Geral de População; a Lei de Inteligência de Segurança Pública; a Lei de Telecomunicações; e esta Lei Antilavagem de Dinheiro".

Esta lei "visa monitorar as contas bancárias de todos os cidadãos. Isso também faz parte do sistema de vigilância para todos, que nunca saberão quem tem seus dados: as autoridades, os militares ou os criminosos."

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