Final da Liga dos Campeões de 2012: O dia em que o FC Bayern morreu

Horas depois. Escanteio para o Chelsea. O primeiro. Kroos já marcou o que parecem ser 20 gols pelo Bayern, todos eles inofensivos, mas e daí? É 1 a 0 para o Bayern, 1 a 0 para o Munique, para a festa.
Tão absurdo e ao mesmo tempo tão lógico“E agora: Gol.” O que David Luiz disse ao completamente exausto Bastian Schweinsteiger enquanto ele passava não passou de um resmungo amargo vindo de nós nas arquibancadas. E então: Gol. Cabeçalho. Drogba. Tão absurdo e ao mesmo tempo tão lógico que naquele momento nem pensei no colecionador de garrafas. Como todo mundo, não consegui pensar em mais nada para dizer naquele momento. Exceto Schweinsteiger. Ele já estava na lateral do campo no 65º ou 70º minuto, com a parte superior do corpo bombeando, bebendo avidamente, o corpo completamente quebrado, mas sua força de vontade o manteve em movimento. O que Schweinsteiger está fazendo? Ele luta. Com você mesmo, contra você mesmo.
Depois extensão. Depois, pênalti. Drogba comete falta, Robben chuta. Schweinsteiger não olha. O lado errado da arena está comemorando. Schweinsteiger é parado pelo goleiro; parece levar muito tempo até que sua vontade seja mais forte que seu corpo novamente. Estou apenas observando-o agora. E Drogba. Luta de almas perdidas. Durante os intervalos, Drogba anda de um lado para o outro, murmurando para si mesmo como um sacerdote vodu, como se estivesse em transe. E Schweinsteiger faz um magnífico segundo tempo da prorrogação; esse é sem dúvida seu melhor jogo. Depois vem a disputa de pênaltis. E Schweinsteiger. E Drogba. E então acabou, o jogo que Bastian Schweinsteiger teve que perder três vezes e Didier Drogba teve que vencer três vezes antes de ser finalmente decidido.
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